Mensagens

A mostrar mensagens de 2007

Feriados

De onde apareceu tanta gente ontem???? O Colombo estava cheio, o Ikea tava cheio, as esplanadas estavam cheias!! Fogo! Será que ninguém foi para o Algarve?? :-)

Halloween

Não sei onde os portugueses foram buscar esta ideia de comemorar o halloween. Talvez à nossa mania irritante de copiar tudo o que é estrangeiro, especialmente se vier dos Estados Unidos. Se vermos bem, esta ideia não é completamente nova, apenas juntamos a tradição quase em desuzo de 'ir ao bolinho' ou pedir 'pão por Deus', ao Carnaval, mas na versão negra (trocámos as máscaras de meretrizes, freiras, palhaços e bonecos animados, por bruxas, vampiros e outros seres que povoam a nossa imaginação). Da minha parte, acho isto tudo uma grande foleirada!! As minhas recordações de infância transportam-me para o Dia de Todos os Santos, quando se estreava roupa nova e se andava à solta pela aldeia, em bando, de casa em casa a pedir guloseimas. A seguir às emoções do primeiro dia de aulas, o Dia de Todos os Santos era a data que se seguia no calendário infantil. Quase não dormiamos, acordavamos cedo e saíamos para a rua. Voltavamos à hora de almoço, não para matar a fome, mas par...

cidade/campo - parte 2

Como escrevi no último post, este foi o meu fim de semana de paragem no tempo. Fui recarregar baterias e vestir a minha outra pele. Como costumo dizer, assim que passo a ponte de Alcacer do Sal começo a falar com sotaque! :-) Só falta colocar um letreiro: Peço desculpa pela interrupção, a minha vida segue dentro de instantes! Quando lá estou, não me limito a ver as coisas de fora, a analisar comportamentos e observar que algumas coisas nunca mudam (e ainda bem!). Não, eu sinto mesmo que, apesar da distância, continuo a fazer parte daquela realidade, daquelas vidas que me viram crescer, que fazem parte das minhas referências e que ajudaram a que eu me tornasse adulta. Como de costume, fiz a habitual paragem no café da aldeia, não só para alimentar o vício de cafeína, como também para matar saudades e saber as últimas. É engraçado que parece sempre que não passou tempo nenhum. Sinto-me como se continuasse com dezassete anos.. O tempo parou e eu respirei. Vivi outras vidas, que poderiam t...

cidade/campo

Sou de dois locais e não sou de parte nenhuma. Sinto-me um ser hibrido que habita algures entre a cidade e o campo. As duas fazem parte de mim e o que eu sou é o resultado dessa relação promiscua de não saber muito bem com qual me identifico. Sou urbana, gosto do cheiro da cidade, dos barulhos, das luzes, das pessoas, dos vendedores ambulantes, das feiras.... do cinema pseudo-intelectual, de litertura light e de clássicos. Estou a descobrir as artes. Sou do campo. Há em mim uma veia provinciana que resiste. Gosto do cheiro da seara. Quando era miúda costumava ajudar o meu pai a encher sacos de trigo acabado de debulhar. Esse cheiro nunca mais me saiu da cabeça. Dos bailaricos. Sempre que estou muito tempo num ou noutro sitio, começo a sentir-me sufocada. É como se as reservas de uma ou outra realidade se começassem a esgotar. Este fim de semana vou lá estar. Depois conto!

Não sabemos o dia nem a hora

Ontem tive a infelicidade de ir a um funeral. A primeira coisa que me choca sempre é o contraste de emoções que sinto quando vou a um funeral de quem não me é próximo no dia-a-dia, embora sendo familiar directo. Sinto uma tristeza própria da percepção que perdi alguém que nunca mais vou ver. Logicamente sei o que aconteceu, mas no meu coração demora a entranhar essa realidade - tipo as noticias de mortes na televisão - sei mesmo que é verdade pelo sofrimento dos seus filhos e esposa. Nestas alturas a minha vontade de chorar vem mais de ver a sua dor, ou do medo do dia em que me toque a , do que propriamente do meu entendimento. Disse acima contraste pois ao mesmo tempo sinto alegria ao ver juntas algumas pessoas que me são queridas de quem tenho saudades. N'alguns casos há pessoas que há mais de 2 anos que não os via. Na igreja perturbou-me o silêncio, um silencio que não deveria ser, que não é de paz - é de dor. Este silêncio, só interrompido por tosse, telemóveis ou conversas e c...

E rugby? Alguém se lembra do rugby?

Pois é, aquilo que para muitos não passava de modalidade meramente académica praticada por estudantes universitários elitistas, acabou por fazer história. Enquanto andamos todos a ver se 'este ano é que é' ali para os lados do colombo, que sim senhor, é uma bela escola, forma bons jogadores, grandes esperanças, e que no final ficamos mas é a ver tudo azul, não reparamos que há aí uns portugueses que até nos enchem de orgulho. Deixo aqui um apelo as nossas televisões (pelo menos aquela para a qual contribuimos com os nossos impostos) para que façam a devida e merecida cobertura. Divulgue-se a modalidade, que sirva de exemplo.

Exemplos a (não) seguir

Ando a descobrir os parques da cidade. Depois de Monsanto, ontem fiquei agradavelmente surpreendida com a quantidade de vida no Jardim da Estrela. Quem acha que os jardins de Lisboa servem apenas para grandes campeonatos de sueca ou dominó, engana-se redondamente. Desde pessoas a cumprir o ritual do cafezinho matinal acompanhado do jornal, a passear o cão, à corridinha e à meditação, o parque estava cheio. Sé é pena as entidades competentes não zelarem mais pelas condições do espaço. Talvez se as torneiras dos bebedouros publicos fechassem, a água que é desperdiçada sem parar pudesse ser aproveitada para limpar o lago. E depois vem com as estatísticas dos litros de água que cada familia desperdiça em casa, que temos que fazer a nossa parte... que o aumento do preço da água tem a ver com a falta dela.. Pois é, e o exemplo, senhores???!!!!

Verdade Precisa-se!

Há dias em que sinto estar a perder a fé na humanidade. Como é possível que tantas pessoas consigam mentir com tanta convicção e durante tanto tempo, envolvendo tantas outras que bondosamente lhes entregam o que têm. O pior disto tudo é pagar o justo pelo pecador. A mentira é mesmo algo peçonhento - mesmos quando não a praticamos só de estarmos expostos a ela tornamo -nos piores pessoas - Cépticos, cínicos.... Normalmente evito pensar no pior....acho que inconscientemente prefiro ser ingénuo - quem sabe assim não consigo ser o eu o herói que não deixou de acudir ao Pedro quando ele realmente precisou de ajuda com os lobos.

Domingos ao sol

Eu e o meu homem resolvemos criar um blog. Não que tenhamos alguma coisa de importante para dizer ao mundo. Nada disso. Não tivemos nenhuma grande ‘revelação’ sobre o mundo ou a vida em geral. Não temos gostos peculiares, nem nos dedicamos a actividades fora do comum. Gostamos de conversar um com outro. Gostamos de estar na esplanada e comentar as noticias de um qualquer jornal diário. Normalmente ‘caçamos’ as noticias pequeninas, aquelas que habitualmente passam despercebidas. Gostamos de observar as pessoas, os gestos, as ‘manias’.... e gostamos de domingos... ao sol.