Halloween

Não sei onde os portugueses foram buscar esta ideia de comemorar o halloween. Talvez à nossa mania irritante de copiar tudo o que é estrangeiro, especialmente se vier dos Estados Unidos. Se vermos bem, esta ideia não é completamente nova, apenas juntamos a tradição quase em desuzo de 'ir ao bolinho' ou pedir 'pão por Deus', ao Carnaval, mas na versão negra (trocámos as máscaras de meretrizes, freiras, palhaços e bonecos animados, por bruxas, vampiros e outros seres que povoam a nossa imaginação). Da minha parte, acho isto tudo uma grande foleirada!!
As minhas recordações de infância transportam-me para o Dia de Todos os Santos, quando se estreava roupa nova e se andava à solta pela aldeia, em bando, de casa em casa a pedir guloseimas.
A seguir às emoções do primeiro dia de aulas, o Dia de Todos os Santos era a data que se seguia no calendário infantil. Quase não dormiamos, acordavamos cedo e saíamos para a rua. Voltavamos à hora de almoço, não para matar a fome, mas para esvaziar o talego e fazer espaço para a segunda volta. Isto durava até aí aos 12 anos, depois já erámos crescidos e arriscávamo-nos a ouvir Então, andas pedir para a tua festa de casamento? sorríamos envergonhados...
Enfim, tradições que se vão perder no tempo: a) o aglomerado e a desconfiança da cidade não permite que as crianças andem sozinhas a tocar as campaínhas das portas a pedir bolos; b) há cada vez menos crianças na provincia e a piada estava em andar em grupo.
Em relação ao Halloween, está a servir de pretexto para nos juntarmos a alguns amigos e fazer uma jantarada. Ao menos que sirva para isso. Quanto às máscaras.... não obrigada!!

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