cidade/campo - parte 2

Como escrevi no último post, este foi o meu fim de semana de paragem no tempo. Fui recarregar baterias e vestir a minha outra pele. Como costumo dizer, assim que passo a ponte de Alcacer do Sal começo a falar com sotaque! :-) Só falta colocar um letreiro: Peço desculpa pela interrupção, a minha vida segue dentro de instantes!
Quando lá estou, não me limito a ver as coisas de fora, a analisar comportamentos e observar que algumas coisas nunca mudam (e ainda bem!). Não, eu sinto mesmo que, apesar da distância, continuo a fazer parte daquela realidade, daquelas vidas que me viram crescer, que fazem parte das minhas referências e que ajudaram a que eu me tornasse adulta.
Como de costume, fiz a habitual paragem no café da aldeia, não só para alimentar o vício de cafeína, como também para matar saudades e saber as últimas. É engraçado que parece sempre que não passou tempo nenhum. Sinto-me como se continuasse com dezassete anos..
O tempo parou e eu respirei. Vivi outras vidas, que poderiam ter sido a minha. A rotina doméstica, o emprego certo no café, a maternidade prematura, a felicidade porque a galinha apareceu com dez novos pintos, o Sr. Presidente ate já prometeu que a estrada vai ser alcatroada... ainda não temos os esgotos, mas ele prometeu que esta para breve... (para breve, pois sim... quando é que são as eleições mesmo? penso eu em silêncio).
De repente, o tempo passa e entro novamente na máquina do tempo... não quero... quero a minha conchinha, a minha realidade segura, depois penso em ti e a vontade cresce. Quero chegar rápido.
Peço desculpa pela interrupção. A minha vida continua imediatamente...

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