Das amizades

Já algum tempo que andava com uma ideia na cabeça. Alias, a ideia não é minha, é uma reflexão avançada por outra pessoa.
E eu fiquei a pensar nesse fato: até que ponto substimamos as amizades recentes em detrimento das antigas, daquelas que fizemos lá adolescencia e que achamos serem para sempre e intocáveis.
De fato, são essas que mesmo que passemos muito tempo sem as ver, julgamos que estão sempre lá, assim como as recordamos.
Mas não estão, ocupam o seu espaço, o seu tempo, e é onde devem ficar. Por outro lado, aparecem pessoas novas na nossa vida, novas ideias, novos interesses mas nós continuamos a achar que "amigos amigos eram aqueles da adolescencia, da faculdade, alguns prolongaram-se.
Nada mais injusto.
Só porque já não tem aquela intensidade, aquela pressa, não significa menos.
Conheci ultimamente pessoas que pouco a pouco tem vindo a ocupar um espaço muito especial na minha vida. Cada uma com a sua vertente, cada uma inspiradora na sua individualidade. Mas quando penso nelas, por algum motivo, não a situo no quadrante das amizades profundas.
Nada mais injusto.
Se olharmos para tras, talvez tenham sido elas a estar ao nosso lado nos ultimos anos, a partilhar horas livres, a estar disponiveis, a compreender pelo que passamos.
Gostaria de lhes dizer obrigada. Mostrar o quanto estou grata por tê-los encontrado. Pessoas de gostos simples, mas complexas, com tanto por descobrir. Obrigada.
Obrigada por me fazerem querer ser melhor, ao descobrir a minha espritualidade e refletir sobre ela e ver isso na minha relação comigo e com os outros. Obrigada por me fazerem ir um pouco mais além, sem cobranças. Obrigada por não sentir o ridiculo, o julgamento, a justificação. Quando crescer vou ser assim!

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