crise? outra vez? ora muda aí de canal que já tou farto disto!
No outro dia vi com alguma atenção uma reportagem sobre uma aldeia perdida na Beira (não não era a aldeira do Tony Carreira), mais concretamente sobre uma menina de 8 ou 9 anos que era a única criança a viver lá.
Gostei particularmente de ver a distância a que se encontrava a jornalista e de como a cidade, e especialmente Lisboa, se encontra desfazada do resto do país. Fico sempre algo chocada com a falta de distanciamento e as vezes algum preconceito quando vejo a nossa classe jornalistica a tratar o resto do país (entenda-se, tudo o que não é Lisboa e seus arredores. Perguntava a jornalista se a menina sabia o que era a crise. Do alto da sua sabedoria infantil, respondia que o pai mudava de canal sempre que se falava da crise.
Isto fez-me pensar como vivemos ansiosos com o que se passa a nossa volta. Todos os dias as nossas conversas giram à volta do spread, da prestação que não baixa, do aumento que não tenho, das ferias que quero fazer e não posso... E apesar de tudo não considero que ganhe assim tão mal, e 'ao menos é certo', como diria a minha mãezinha.
A reportagem prosseguia e pergunta-se à menina o que gosta de comer. Ela responde que gosta de tudo, e depois enumera: favas, carne, hortaliça, e que, pasme-se não gosta de hamburgueres 'daquela marca, ai como se chama' e que quando lá vai nunca acaba a sandes toda.
Fiquei realmente a pensar se a felicidade não moraria ali naquela aldeia, enquanto nós fazemos depender a nossa do tal aumento que nunca mais chega... Entretanto vou abrir mais esta carta, actualização do valor do seguro do carro, socorro!
Gostei particularmente de ver a distância a que se encontrava a jornalista e de como a cidade, e especialmente Lisboa, se encontra desfazada do resto do país. Fico sempre algo chocada com a falta de distanciamento e as vezes algum preconceito quando vejo a nossa classe jornalistica a tratar o resto do país (entenda-se, tudo o que não é Lisboa e seus arredores. Perguntava a jornalista se a menina sabia o que era a crise. Do alto da sua sabedoria infantil, respondia que o pai mudava de canal sempre que se falava da crise.
Isto fez-me pensar como vivemos ansiosos com o que se passa a nossa volta. Todos os dias as nossas conversas giram à volta do spread, da prestação que não baixa, do aumento que não tenho, das ferias que quero fazer e não posso... E apesar de tudo não considero que ganhe assim tão mal, e 'ao menos é certo', como diria a minha mãezinha.
A reportagem prosseguia e pergunta-se à menina o que gosta de comer. Ela responde que gosta de tudo, e depois enumera: favas, carne, hortaliça, e que, pasme-se não gosta de hamburgueres 'daquela marca, ai como se chama' e que quando lá vai nunca acaba a sandes toda.
Fiquei realmente a pensar se a felicidade não moraria ali naquela aldeia, enquanto nós fazemos depender a nossa do tal aumento que nunca mais chega... Entretanto vou abrir mais esta carta, actualização do valor do seguro do carro, socorro!
Comentários
Enviar um comentário