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A mostrar mensagens de 2009

E a vida que nunca mais começa...

Sei como é....também eu nunca mais me sinto em casa. As vezes parece que esta vida não é minha. Que encarnei um personagem errático numa outra cidade, sem amigos, sem conforto do conhecido, sem familiaridade com nada. Um filme a preto e branco com breves cenas a cores. Quase todos os dias deito-me e acordo, sofrego de ansiedade, tentando encontrar uma maneira para não me deixar afundar no turbilhão de coisas, novas sim, mas que (ainda?) não me dão prazer - acho que estou demasiado cansado... Gostava de parar. S ó um pouquinho, para ter tempo de olhar em volta, saborear doce do ar do campo ou da maresia, o barulho dos pássaros ou o vai e vem das ondas, apertar a mão na areia e, como se acordasse, abrir os olhos e sorrir deste sonho estranho que me envolve.

fazes-me falta

Costumava passar muito tempo em casa sozinha. Não me importava, ate gostava. Arrumava tudo, no exterior e interior, era agradável. Hoje não estás aqui. Pela primeira vez fico em casa sozinha. Um dia inteirinho para mim, para fazer o que gostava de fazer, o que me apetecesse. Pensava eu. Não está a ser assim, habituei-me a ti, fazes-me falta aqui. A casa é enorme, está vazia, e se não estás nela, a minha presença também não faz sentido. Tenho saudades tuas e das coisas que fazemos ao sábado. Habituaste-me mal. Chove lá fora, podia sair, mas detesto centros comerciais em dias de chuva. Vou fazer o que pedes sempre: sentir-me em casa.

qualquer coisa

Queria escrever qualquer coisa hoje. Dizer qualquer coisa gira e inteligente. Talvez sobre a Páscoa, sobre o tempo, qualquer coisa. Mas agora não me ocorre nada. já cá volto.

mais uma

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as minhas meninas

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As minhas meninas já estão crescidas. Plantei uns bolbos ´só naquela' e não é que elas aí estão!?

crise? outra vez? ora muda aí de canal que já tou farto disto!

No outro dia vi com alguma atenção uma reportagem sobre uma aldeia perdida na Beira (não não era a aldeira do Tony Carreira), mais concretamente sobre uma menina de 8 ou 9 anos que era a única criança a viver lá. Gostei particularmente de ver a distância a que se encontrava a jornalista e de como a cidade, e especialmente Lisboa, se encontra desfazada do resto do país. Fico sempre algo chocada com a falta de distanciamento e as vezes algum preconceito quando vejo a nossa classe jornalistica a tratar o resto do país (entenda-se, tudo o que não é Lisboa e seus arredores. Perguntava a jornalista se a menina sabia o que era a crise. Do alto da sua sabedoria infantil, respondia que o pai mudava de canal sempre que se falava da crise. Isto fez-me pensar como vivemos ansiosos com o que se passa a nossa volta. Todos os dias as nossas conversas giram à volta do spread, da prestação que não baixa, do aumento que não tenho, das ferias que quero fazer e não posso... E apesar de tudo não considero ...

banda que eu gosto

Aqui está uma banda da qual eu gosto muito e que acho que não tem tido a devida atenção. Para quem gosta da onda de Keane e Coldplay, vale a pena seguir estes rapazes.

Excesso de Pedro Barroso

Não sei se gosto mais do poema se da musica ou da interpretação - Palmas para o Excesso de Pedro Barroso. Há amores estranhos fundos sem razão - são secretos vivem na cumplicidade indizíveis nas palavras que aqui vão são impróprios de viver em liberdade levaram a ternura ao exagero e a um excesso saboroso a nossa pele só compreende quem sente o latejar bem mais dentro que os olhos do olhar, há amores que não posso aqui explicar pois quer queiram quer não inda vivemos na pré-História de um Futuro de cem mil anos nas grutas de um sentir que não sabemos há uma palavra escandalosa e proibida quando se fecha a porta e começa a fantasia e me sento no sofá e desligo-me da vida e fico Senhor completo do teu corpo e o código começou e tu me ofereces o máximo que alguém nos pode dar e a guerra não tem hoje nem tabus são duas vontades grandes que ali estão e mais que as mãos e a boca e o Futuro e o vício de dois corpos seminus amarro em ti a vida que me escapa e acordas-me explicando o mundo todo...

Dali e outros loucos

Confesso que tenho uma certa atracção por mentes perturbadas. Sou uma apaixonada pelo Dali. Fascina-me a liberdade e a displicencia com que dizia que 'para se ser génio tinha que ser espanhol e chamar-se Dali'. O homem era fantástico. De cada vez que olho para os seus quadros descubro alguma coisa nova.Aqui ficam alguns para deleite de quem nos visita.

dia do pai

Hoje é o Dia do Pai. Um beijinho para o meu pai, onde quer que esteja.

'a solidão dos números primos'

Comecei a ler um novo livro. Chama-se 'a solidão dos números primos' e o autor é o Paolo Giordano. Ainda estou no inicio, mas já me apetece lê-lo sem parar. O meu primeiro contacto com ele foi pelo titulo. De certa maneira sempre me senti assim, um número primo...para falar a verdade, e sem ofender as pessoas que gostam de mim e que eu amo de coração, poucas vezes me senti acompanhada. Sempre foi tudo assim, divisivel apenas por mim. Gosto de lhe chamar 'sindroma do filho único'. Se pensarmos bem, os filhos únicos não tem qualquer outro ser que tenha vivenciado uma experiencia semelhante à sua. Por mais que se tente contar e partilhar, não é a mesma coisa. E desde o inicio que tem essa certeza: 'sou só eu, só posso contar comigo'. Ainda não sei se a história narrada tem alguma coisa a ver com aquilo que me transmitiu o titulo, mas por agora estou a gostar da singularidae dos personagens. Ah, e parece que o autor ganhou um prémio qualquer em Itália e já vendeu m...

há alguém que nos visita!!

Ena! Ena!! Temos uma leitora!! Isto agora é uma grande responsabilidade! Não podemos decepcionar!

jardim de aromas

O meu projecto para esta semana é fazer um jardim de aromas. A minha primeira planta vai ser hortelã.

mulheres

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acho este cartoon delicioso!!! somos uns seres maravilhosos, não somos?

Gosto de te ler

Raramente (te) leio. Mas gosto quando isso acontece. Sei que gostas de o fazer também, acho que foste tu quem me pegou esta mania, nos muitos "Domingos ao Sol" que tivemos e ainda vamos tendo. Quando leio para ti, a minha mente não para. Faço força para me concentrar no texto mas como sou distraído por natureza torna-se difícil . Ao ler para ti fico a vaguear, as personagens transformam-se em ti nas tuas multifacetadas características . Na pratica é tipo um grande teatro em que apareces varias vezes vestida de roupas diferentes e eu, ansioso, tento adivinhar o que vai acontecer, o que vais fazer. Meus olhos brilham de expectativa. É isso mesmo que faço. Leio-te por alto. Adoro, mas nem por isso consigo evitar hesitar, tropeçar, gaguejar mas sinto que vou melhorando. Sou novamente menino da escola, aprendendo um novo alfabeto e a ler sílaba a sílaba alto até conseguir perceber melhor o texto e apreciar poesia.

sem titulo II

É uma escada em caracol e que não tem corrimão. Vai a caminho do Sol mas nunca passa do chão. Os degraus, quanto mais altos, mais estragados estão. Nem sustos nem sobressaltos servem sequer de lição. Quem tem medo não a sobe. Quem tem sonhos também não. Há quem chegue a deitar fora O lastro do coração. Sobe-se numa corrida. Corre-se perigos em vão. Adivinhaste: é a vida a escada sem corrimão David Mourão Ferreira

sem titulo

Poucos são aqueles que vêem com seus próprios olhos e sentem com seus próprios corações. Albert Einstein

o que andamos a ler

Gostaria aqui de deixar uma nota sobre o livro que ando a ler, já há bastante tempo por sinal, mas isso são outros quinhentos , que é o 'enquanto salazar dormia' do Domingos Amaral. Descobri este livro por acaso. Não sou daquelas pessoas com critérios muito rígidos em relação ao que escolhe para ler. Não leio best-sellers ou prémios nóbeis só porque o são. Também não vou muito atrás daquilo que me recomendam, nem procuro críticas. Todos estes motivos, sem sombra muito válidos, são sempre fruto de escolhas, de escolhas pessoais, logo, de alguém diferente de mim. O meu critério às vezes é a capa, o prefácio, já cheguei a comprar livros apenas pelo título. Ou, imagine-se, porque pelo título podia ser um livro que eu escreveria, apesar de depois o conteúdo não corresponder à minha história. Isto tudo para dizer que o meu encontro com o dito, foi meramente casual. Andava a passear numa livraria e gostei do titulo, li a contra-capa e chamou-me a atenção. Gosto de romances que contem ...

Dois meses e.... nada

Já passaram dois meses desde que o novo ano começou. Há quem diga que é agora que aparecem as depressões: porque não fiz o que prometi, porque o que pedi ainda não se concretizou, porque pedi e não fiz nada por isso (mas é suposto fazer alguma coisa para os desejos se concretizarem?). E depois este sol, esta luz toda a convidar à boa-disposição e nós nada... que raios, deixem-me ficar aqui no sombrio, mas ainda não é Primavera. Da minha parte estou a tentar cumprir algumas decisões, pelo menos já não me martirizo tanto porque não fiz, porque fiz e não devia ser assim.... O pior é que és sempre tu que acabas por aturar o meu humor, não devias. Habituas-me mal...