Não sabemos o dia nem a hora
Ontem tive a infelicidade de ir a um funeral. A primeira coisa que me choca sempre é o contraste de emoções que sinto quando vou a um funeral de quem não me é próximo no dia-a-dia, embora sendo familiar directo. Sinto uma tristeza própria da percepção que perdi alguém que nunca mais vou ver. Logicamente sei o que aconteceu, mas no meu coração demora a entranhar essa realidade - tipo as noticias de mortes na televisão - sei mesmo que é verdade pelo sofrimento dos seus filhos e esposa. Nestas alturas a minha vontade de chorar vem mais de ver a sua dor, ou do medo do dia em que me toque a , do que propriamente do meu entendimento. Disse acima contraste pois ao mesmo tempo sinto alegria ao ver juntas algumas pessoas que me são queridas de quem tenho saudades. N'alguns casos há pessoas que há mais de 2 anos que não os via. Na igreja perturbou-me o silêncio, um silencio que não deveria ser, que não é de paz - é de dor. Este silêncio, só interrompido por tosse, telemóveis ou conversas e c...