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A mostrar mensagens de setembro, 2007

Não sabemos o dia nem a hora

Ontem tive a infelicidade de ir a um funeral. A primeira coisa que me choca sempre é o contraste de emoções que sinto quando vou a um funeral de quem não me é próximo no dia-a-dia, embora sendo familiar directo. Sinto uma tristeza própria da percepção que perdi alguém que nunca mais vou ver. Logicamente sei o que aconteceu, mas no meu coração demora a entranhar essa realidade - tipo as noticias de mortes na televisão - sei mesmo que é verdade pelo sofrimento dos seus filhos e esposa. Nestas alturas a minha vontade de chorar vem mais de ver a sua dor, ou do medo do dia em que me toque a , do que propriamente do meu entendimento. Disse acima contraste pois ao mesmo tempo sinto alegria ao ver juntas algumas pessoas que me são queridas de quem tenho saudades. N'alguns casos há pessoas que há mais de 2 anos que não os via. Na igreja perturbou-me o silêncio, um silencio que não deveria ser, que não é de paz - é de dor. Este silêncio, só interrompido por tosse, telemóveis ou conversas e c...

E rugby? Alguém se lembra do rugby?

Pois é, aquilo que para muitos não passava de modalidade meramente académica praticada por estudantes universitários elitistas, acabou por fazer história. Enquanto andamos todos a ver se 'este ano é que é' ali para os lados do colombo, que sim senhor, é uma bela escola, forma bons jogadores, grandes esperanças, e que no final ficamos mas é a ver tudo azul, não reparamos que há aí uns portugueses que até nos enchem de orgulho. Deixo aqui um apelo as nossas televisões (pelo menos aquela para a qual contribuimos com os nossos impostos) para que façam a devida e merecida cobertura. Divulgue-se a modalidade, que sirva de exemplo.

Exemplos a (não) seguir

Ando a descobrir os parques da cidade. Depois de Monsanto, ontem fiquei agradavelmente surpreendida com a quantidade de vida no Jardim da Estrela. Quem acha que os jardins de Lisboa servem apenas para grandes campeonatos de sueca ou dominó, engana-se redondamente. Desde pessoas a cumprir o ritual do cafezinho matinal acompanhado do jornal, a passear o cão, à corridinha e à meditação, o parque estava cheio. Sé é pena as entidades competentes não zelarem mais pelas condições do espaço. Talvez se as torneiras dos bebedouros publicos fechassem, a água que é desperdiçada sem parar pudesse ser aproveitada para limpar o lago. E depois vem com as estatísticas dos litros de água que cada familia desperdiça em casa, que temos que fazer a nossa parte... que o aumento do preço da água tem a ver com a falta dela.. Pois é, e o exemplo, senhores???!!!!

Verdade Precisa-se!

Há dias em que sinto estar a perder a fé na humanidade. Como é possível que tantas pessoas consigam mentir com tanta convicção e durante tanto tempo, envolvendo tantas outras que bondosamente lhes entregam o que têm. O pior disto tudo é pagar o justo pelo pecador. A mentira é mesmo algo peçonhento - mesmos quando não a praticamos só de estarmos expostos a ela tornamo -nos piores pessoas - Cépticos, cínicos.... Normalmente evito pensar no pior....acho que inconscientemente prefiro ser ingénuo - quem sabe assim não consigo ser o eu o herói que não deixou de acudir ao Pedro quando ele realmente precisou de ajuda com os lobos.

Domingos ao sol

Eu e o meu homem resolvemos criar um blog. Não que tenhamos alguma coisa de importante para dizer ao mundo. Nada disso. Não tivemos nenhuma grande ‘revelação’ sobre o mundo ou a vida em geral. Não temos gostos peculiares, nem nos dedicamos a actividades fora do comum. Gostamos de conversar um com outro. Gostamos de estar na esplanada e comentar as noticias de um qualquer jornal diário. Normalmente ‘caçamos’ as noticias pequeninas, aquelas que habitualmente passam despercebidas. Gostamos de observar as pessoas, os gestos, as ‘manias’.... e gostamos de domingos... ao sol.